Os pescados são o tipo de proteína animal mais consumida no mundo, à frente das carnes de bovinos, suínos, aves e ovinos. E o Brasil é um dos importantes ‘players’ deste segmento alimentício que, cada vez mais, vê sua competitividade atrelada ao consumo racional da água e à adoção de sistemas de reúso.
Para se ter uma ideia, a indústria brasileira de pescados – que envolve as áreas de pesca e aquicultura – foi responsável pela produção de 1,3 milhão de toneladas deste tipo de proteína animal em 2018.
No mesmo ano, a produção mundial de pescados ultrapassou a casa dos 178 milhões de toneladas, volume extraordinário que movimentou um valor aproximado de US$ 401 bilhões. E a estimativa global para 2028 é que a produção chegue ao patamar dos 196 milhões de toneladas.
Isso sinaliza a existência de um enorme e fértil horizonte (mercado!) no qual nossas indústrias podem mirar e, assim, fazer o país avançar no ranking mundial de pescados.
A seu favor, a indústria brasileira de processamento de pescados tem um grande potencial de crescimento, além de oportunidades promissoras num futuro próximo. A perspectiva é bastante positiva: até 2028, a produção e o consumo interno de pescados devem crescer, respectivamente, 17% (1,52 milhão/ton) e 19% (2,33 milhões/ton).
Nesse cenário, o gerenciamento da água terá um papel fundamental na expansão da indústria nacional de pescados. A disponibilidade de água tratada para os processos fabris, o consumo racional da água e a adoção de sistemas de reúso de água serão decisivos.
A gestão eficiente da água vai garantir a qualidade e segurança sanitária dos produtos, evitar a geração de impactos ambientais, aumentar a produtividade e a competitividade das companhias do setor de pescados.
Processamento Sustentável de Pescados
Todos esses indicadores quantitativos sobre o mercado global de pescados são dados divulgados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Essas e outras informações estão reunidas no “Manual para Gestão da Água e de Resíduos do Processamento de Peixes”, publicação técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dirigida às empresas de beneficiamento de pescados.
Os especialistas que organizaram o manual reforçam a urgente necessidade da otimização dos processos ambientais nas empresas do setor. Um dos argumentos, citados na publicação, é a existência de estudos que apontam que a economia de água utilizada no processamento de pescados pode variar entre 5% e 97%, conforme o tipo de peixe e a etapa/processo de fabricação.
Quer dizer, o objetivo é estimular os gestores da indústria de pescados a adotarem estratégias de processamento sustentável, tanto ambientais quanto econômicas. Para isso, a Embrapa sugere a implantação de um plano de Gerenciamento Hídrico Industrial (GHI), que é composto por várias etapas.
O e-book da Embrapa está disponível no link: https://www.embrapa.br/documents/1355321/0/Manual+para+gest%C3%A3o+da+%C3%A1gua+e+de+res%Ca3%ADduos+do+processamento+de+peixes/7d537e56-31a0-cb38-7a0a-d38e2fe982a5
Eficiência na Gestão da Água, Uma Necessidade Mundial
Segundo o pesquisador britânico John Beddington, especialista em economia e biologia para a gestão sustentável de recursos naturais, dois terços da água doce disponível no planeta são empenhados na produção de alimentos.
Isso torna indispensável a prática de rotinas produtivas cada vez mais sustentáveis em relação aos recursos hídricos no setor alimentício.
No caso específico da indústria de processamento de pescados, diz a Embrapa, o uso e o consumo de água estão associados a variáveis como, por exemplo, a espécie de peixe, o peso, a existência de escamas ou couro, o tipo de tecnologia fabril utilizada e o produto final.
A Otimização da Gestão da Água no Setor de Pescados
De acordo com a Embrapa, a solução para o melhor aproveitamento da água na indústria de pescado é a adoção de um roteiro sistematizado de ações.
Tal plano, chamado de Gerenciamento Hídrico Industrial (GHI), foi adaptado a partir de uma dissertação de mestrado que investigou o Gerenciamento hídrico em frigoríficos (LUIZ, 2007).
Algumas dessas fases do GHI proposto pela Embrapa são as seguintes:
- Verificação e aplicação das possibilidades de minimização de uso e consumo – análise de aspectos legais e operacionais quanto ao volume de água tratada, identificação de processos de maior consumo e de locais com grande potencial de economia
- Classificação dos efluentes líquidos – efluentes com possibilidade de redução de uso de água, de reciclo direto, de reúso direto, de recondicionamento (com posterior reúso e/ou reciclo) ou com total impossibilidade de reciclo ou reúso
- Avaliação de reciclo e reúso direto e indireto de efluentes – etapa de análise das possibilidades de viabilidade de reciclo/reúso a partir da relação balanço hídrico da empresa x qualificação dos efluentes gerados
- Indicação de técnicas para segregação e tratamento de correntes de efluentes – definição de tratamentos adequados para cada tipo de efluente industrial, visando economia de energia, maior eficiência e redução de custos de descarte
- Análise econômica – cálculos que consideram fatores como mudanças no volume de produção, no preço, na dinâmica do mercado, investimentos em tecnologias de captação e tratamento de água e efluentes industriais, economia de energia e insumos
- Manutenção do gerenciamento hídrico industrial – com atenção especial a processos e equipamentos/tecnologias que foram submetidos a alterações durante a implantação do GHI.
Tratamento de Água, Esgoto e Efluentes Industriais
O Grupo FUSATI é uma companhia que, desde 1983, trabalha com o planejamento, desenvolvimento e a oferta de soluções voltadas para o tratamento de água, esgotos e efluentes industriais.
Entre os mais de 50 mil clientes da FUSATI distribuídos pelo Brasil estão empresas, indústrias, comércios, hospitais, hotéis, escolas, shopping centers, frigoríficos, lavanderias (domésticas e industriais), condomínios comerciais e residenciais.
Negócios de todos estes segmentos se tornaram parceiros satisfeitos da FUSATI quando optaram pela implantação de eficientes equipamentos como:
- Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
- Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI)
O sucesso destas soluções está relacionado às suas inúmeras vantagens operacionais, financeiras e ambientais.
Essas unidades também geram a valiosa e útil água de reúso, recurso não potável que pode ser empregado na geração de vapor, refrigeração de caldeiras e torres, lavagem de pisos e áreas externas, descarga de sanitários, na irrigação de áreas verdes e outras rotinas industriais.
Nossa presença no mercado também inclui os milhares de clientes individuais que optaram pela compra dos famosos Filtros Centrais Residenciais FUSATI – que fornecem água tratada e segura a todos os pontos de saída do imóvel (torneiras e registros), garantindo saúde e bem-estar às famílias.
Com sua experiência e conhecimento, a FUSATI também está preparada para dar suporte às indústrias do segmento de pescados na implantação do Gerenciamento Hídrico Industrial (GHI), no aperfeiçoamento de processos específicos ou no remodelamento de suas estratégias de gestão da água.
A FUSATI tem soluções de uso e reúso da água para modernizar e aprimorar o seu parque tecnológico. E, dessa forma, levar sua companhia a patamares superiores de competitividade e responsabilidade ambiental em relação à gestão racional dos recursos hídricos.
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