O reaproveitamento das águas residuais é uma urgente necessidade de racionalizar recursos nos dias de hoje. Porém, de maneira geral, o processo de água de reúso ainda é uma prática bastante limitada em todo o mundo.

Salvo algumas raras exceções, na maioria dos países a água residual – aquela proveniente de chuvas, do tratamento de esgoto e de efluentes industriais – ainda é um recurso subutilizado ou totalmente desprezado. E esse descuido hídrico generalizado fica evidente com a inexistência de estatísticas ou dados precisos sobre o panorama global das águas de reúso.

Sabe-se, contudo, que países como Kwait e Israel são algumas das poucas referências positivas neste assunto. Em relação à produção total de esgotos domésticos, geram respectivamente 91% e 85% de água de reúso, de acordo com informações do relatório Global Water Market, produzido pela empresa de consultoria e pesquisas relacionadas à água Global Water Intelligence.

O Reúso da Água no Brasil e a Discussão no Congresso

No Brasil, a água de reúso é um assunto que está engatinhando, apesar de já existirem iniciativas e projetos isolados no setor privado, em administrações públicas e empresas de saneamento. Mas, no geral, o país carece de políticas e campanhas de incentivo à prática e de uma profunda mudança de hábito/cultura da população quanto ao reaproveitamento deste tipo de água.

Recentemente, contudo, o tema entrou na pauta política de Brasília. O Projeto de Lei Nº 2.451/20, que está em discussão na Câmara dos Deputados, propõe que seja “obrigatório o reúso da água, proveniente da chuva, de estações de tratamento de esgoto ou do tratamento de líquidos do processo industrial, em novas edificações públicas, residenciais, comerciais e industriais”.

O PL torna o reúso obrigatório “em cidades para as quais a lei exija plano diretor, sendo optativo nas demais”, informa a Agência Câmara de Notícias. Vale destacar que o objetivo do PL “é destinar a água de reúso para atividades que aceitem usos menos exigentes, priorizando a oferta de água potável para o consumo humano e aumentando a eficiência do uso da água em todos os setores da sociedade”.

Dessa maneira, a água de reúso poderá ser aproveitada em vasos sanitários, máquinas de lavar, rega de jardins, lavagem de áreas, resfriamento de caldeiras e em outros processos industriais e atividades comerciais que não demandem água potável, destaca a proposta parlamentar.

Baixo Percentual de Reúso

As possibilidades de reúso de água no Brasil constituem um fantástico potencial não aproveitado. Para se ter uma ideia, em 2017 o índice de reúso estimado no país correspondia a 2 m³/s, dentre um total estimado de 2.083 m³/s de água retirada de fontes mananciais, de acordo com dados do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2018, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Segundo o governo brasileiro, “a meta para o reúso não potável direto no Brasil é de aproximadamente 13 m³/s até 2030”. Esse número representaria 4% do total de água reutilizada no mundo, informa a ANA.

Saiba mais!

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no contexto de uma economia circular, ou seja, quando o desenvolvimento econômico é equilibrado com a proteção dos recursos naturais e a sustentabilidade ambiental, as águas residuais representam um recurso amplamente disponível e valioso.

A produção e a utilização em grande escala de água de reúso (para fins não potáveis) pode gerar inúmeros benefícios ambientais, econômicos e sociais. Um deles é aliviar a gigantesca e crescente demanda de água para o abastecimento de centros urbanos e de atividades econômicas essenciais como agricultura, pecuária, indústria, mineração e a geração de energia elétrica.

Em outras palavras, o reúso vai ajudar a garantir a segurança hídrica na medida em que poupa o uso de água bruta.

Tudo isso faz do reúso uma estratégia bastante apropriada nesses tempos de racionalização de recursos, mudanças climáticas, escassez de água, estresse hídrico de mananciais, problemas de abastecimento urbano, de perdas e de instabilidade da água quanto à sua qualidade e potabilidade.

Grupo FUSATI: Trabalho Voltado Para a Água

Há 35 anos, o Grupo FUSATI desenvolve e produz soluções (produtos e serviços) nas áreas de tratamento de água, esgoto e efluentes industriais, com eficiência comprovada em suas aplicações nas diferentes etapas do ciclo da água.

A vocação hídrica da empresa – que é formada pelas divisões FUSATI Filtros e FUSATI Ambiental – se faz presente em tecnologias que vão desde os seus aclamados Filtros Centrais (residenciais, comerciais e industriais) até as sofisticadas Estações de Tratamento de Água (ETA), Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), passando por serviços como terceirização de operações, assistência técnica, consultoria e outros. 

Essa diversificada trajetória comercial da FUSATI garante à empresa uma privilegiada perspectiva holística em relação ao ciclo da água – desde a captação da água na ETA até a devolução segura de água residual (efluentes industriais ou esgoto residencial devidamente tratados) aos mananciais.

Tal visão panorâmica da FUSATI em relação ao ciclo da água resulta na oferta de soluções que combinam alta performance e o compromisso de preservação do meio ambiente. E a possibilidade de reutilização da água é uma dessas soluções.

Projetos e Soluções Industriais

Além da concepção e instalação de unidades de ETA, ETE e ETEI – que são customizadas, modulares e compactas conforme a necessidade do cliente -, a FUSATI oferece serviços de locação, operação/treinamento e manutenção das mesmas.      

Estes três tipos de estação de tratamento, que são unidades desenvolvidas para atender indústrias e municípios, geram volumes expressivos de água de reúso que constituem uma valiosa alternativa hídrica sustentável.

Devidamente tratada, essa água residual pode ser usada na lavagem de pisos, descarga de sanitários, irrigação de jardins e outras ações que não requerem água própria para o consumo humano.   

Condomínios Horizontais, Incorporadoras e Prédios Comerciais e Residenciais

A água residual também pode se tornar um precioso recurso quando reaproveitada em condomínios, empresas, prédios comerciais, hotéis, clubes, restaurantes, shopping centers, escolas, frigoríficos e outros tantos negócios.

A FUSATI também atende estes parceiros implantando compactos e eficientes sistemas de ETA e ETE, que são desenvolvidos de acordo com a vazão e as demandas específicas de cada cliente. A instalação dessas unidades pode ainda ser realizada de maneira integrada com construtoras e incorporadoras, desde a concepção ou durante a execução de projetos de construção de edifícios, condomínios residenciais e/comerciais e outros empreendimentos. 

Sumário
Água de Reuso, Recurso Inexplorado Que Pode Virar Lei
Nome do Artigo
Água de Reuso, Recurso Inexplorado Que Pode Virar Lei
Descrição
Água de reuso, é um recurso atualmente inexplorado que pode virar lei. O reaproveitamento das águas residuais é uma urgente necessidade de racionalizar recursos nos dias de hoje. Porém, de maneira geral, o processo de água de reúso ainda é uma prática bastante limitada em todo o mundo.
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