A falta de tratamento de esgoto continua sendo um grave problema sócio-ambiental do Brasil, aponta o Ranking do Saneamento 2023.
A mais nova edição do levantamento realizado pelo Instituto Brasil (em parceria com a consultoria GO Associados) salienta que o tratamento de esgoto nas 20 primeiras cidades do ranking é 340% maior do que nos 20 municípios que ocupam as piores posições da lista.
Como alerta o Trata Brasil, existe uma “desigualdade de três dígitos” no quesito tratamento de esgoto.
Na prática, essa discrepância numérica significa que o país ainda possui cerca de 100 milhões de pessoas sem acesso ao serviço de coleta de esgoto.
O relatório também aponta que 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada.
O Ranking do Saneamento é um levantamento anual – baseado nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – e reúne informações sobre a oferta de serviços de água e esgoto nas 100 maiores cidades do Brasil.
Qual o panorama do saneamento no Brasil?
Os dados do SNIS, analisados e compilados no Ranking do Saneamento 2023, apontam que o país terá dificuldades para cumprir as metas e prazos de universalização do saneamento básico estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento (Lei N°14.026/2020).
O Novo Marco Legal do Saneamento define como metas a cobertura nacional de 100% de água tratada e 90% de redes de coleta e tratamento de esgoto até 2033.
Hoje, ainda há a necessidade de muitos avanços, especialmente no que diz respeito à falta de tratamento de esgoto, fonte de diversos problemas sociais, incluindo a propagação das chamadas doenças de veiculação hídrica.
No Brasil, segundo dados do SNIS, apenas 51,20% de todo o esgoto gerado é devidamente tratado. A título de comparação, isso significa o lançamento diário de cerca de 5.500 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza (rios, lagos e outros mananciais).
“Essa é a carga poluente de esgoto não tratado no Brasil despejado irregularmente nos rios, mares e lagos todos os dias (quase 2 milhões de piscinas olímpicas por ano), que corrobora para a degradação do meio ambiente e, principalmente, impacta negativamente a saúde da população.”
declara Luana Siewert Pretto, Presidente-Executiva do Instituto Trata Brasil.
Qual a cidade com melhor saneamento do Brasil?
Com população de 469.173 habitantes (IBGE), a cidade de São José do Rio Preto (SP) é a líder do Ranking do Saneamento 2023 com:
- 100% de atendimento de água tratada
- 93,93% de coleta de esgoto
- 91,59 de tratamento de esgoto
O investimento médio per capita em saneamento registrado na cidade foi de R$ 124,66.
Curiosidade: no ranking de 2022, o município de São José do Rio Preto ocupava a nona posição do saneamento básico entre as 100 maiores cidades do país.
Qual é o estado com o melhor saneamento básico do Brasil?
O Estado de São Paulo concentra o maior número de cidades no Ranking do Saneamento 2023.
No total, são 28 municípios paulistas listados com os melhores índices de saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil.
E entre os 20 primeiros municípios do ranking, oito são do Estado de São Paulo: São José do Rio Preto (1º lugar), Santos (2º), Limeira (5º), Piracicaba (6º), São Paulo (7º), Franca (9º), Sorocaba (12º) e Suzano (13º). A cidade de Campinas aparece na 21ª posição.
Qual a posição do Brasil no ranking de saneamento básico?
Segundo dados do Joint Monitoring Programme (JMP) – da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da UNICEF para Abastecimento de Água, Saneamento e Higiene -, o Brasil ocupa uma posição intermediária no ranking mundial de saneamento básico.
Com base nos dados da OMS e da Unicef, em 2020 o Brasil figurava na posição 101 no ranking mundial do saneamento básico, que reúne os 195 países do globo.
Qual o índice de saneamento básico do Brasil?
No Brasil, o índice de atendimento total de esgoto (coleta e tratamento) é de 55,8%, que equivale a uma população de 117,3 milhões de habitantes.
A rede de esgoto do país possui extensão de 365 mil quilômetros, que cobrem 36,4 milhões de ligações de esgoto.
Já a média nacional de cobertura de água tratada é de 84,2%, percentual que atende cerca de 177 milhões de brasileiros.
A região Sudeste tem o maior índice de fornecimento de água tratada (91,5%), enquanto que a região Norte possui a menor taxa de cobertura (60%).
A rede nacional de distribuição de água tem 753,2 mil quilômetros e 62,3 milhões de ligações.
O consumo médio de água do Brasil gira em torno de 150,7 litros por habitante/dia.
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2021
FUSATI: 40 anos tratando água
Em 2023, a FUSATI comemora 40 anos de atuação no segmento de filtragem e tratamento de água, esgoto e efluentes industriais.
No Brasil, mais de 50 mil clientes residenciais, comerciais e industriais utilizam as soluções filtrantes com a patente FUSATI no seu dia a dia.
A linha de Filtros Centrais FUSATI garante o fornecimento de água potável e 100% segura em lares, escritórios, empresas, lojas e outros empreendimentos.
Fabricados em vários modelos – com diferentes níveis de pressão, capacidade de vazão e estágios de filtragem -, os Filtros Centrais são cilíndricos, metálicos (construídos em aço inox) e retrolaváveis, isto é, possibilitam a limpeza do elemento filtrante, garantindo eficiência sanitária e mais economia.
Para clientes do segmento industrial, a FUSATI desenvolve, fabrica, comercializa e instala sistemas de filtragem, tratamento de água e de efluentes fabris customizados de acordo com as necessidades de cada planta produtiva e as possibilidades hídricas de cada região.
As Estações de Tratamento de Água (ETAs) asseguram o fornecimento de água pura para os processos industriais, enquanto que as Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) executam o tratamento adequado dos resíduos líquidos gerados durante as rotinas fabris.
As unidades de tratamento de água e efluentes industriais da FUSATI são pressurizadas, compactas e modulares, ou seja, facilmente adaptáveis em diferentes condições hídricas/formas de abastecimento (rede pública, fontes superficiais e poços artesianos) e espaços de produção.
Um grande trunfo ambiental das ETAs (que também são ideais para o fornecimento de água tratada em condomínios residenciais) e das ETEIs da FUSATI é a geração da hoje imprescindível água de reúso.
Além da economia, a água reciclada nessas unidades é uma prática ambientalmente sustentável que pode ser empregada em várias ações que não exigem a potabilidade da água como a irrigação de gramados e áreas de paisagismo, lavagem de equipamentos, veículos e máquinas industriais, limpeza de pátios e descargas em sanitários.