A indústria têxtil é um dos maiores consumidores de água doce do planeta. Dessa forma, a gestão otimizada da água na indústria têxtil é uma prioridade estratégica para se manter a competitividade dessas companhias.
E essa necessidade de aumentar a eficiência hídrica nas fábricas de tecidos se torna ainda mais urgente em tempos de aumento da demanda global por água, escassez do recurso essencial à vida, racionamentos e mudanças climáticas em curso.
Portanto, cada vez mais as indústrias beneficiadoras de tecidos necessitam aprimorar a gestão da água em seus processos, incentivando seu uso racional e adotando sistemas de reúso de águas residuais.
Em termos de infraestrutura fabril, as Estações de Tratamento de Água (ETA) e as Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI) são dispositivos imprescindíveis para a gestão otimizada da água na indústria têxtil, pois geram eficiência, economia e ainda tornam a planta produtiva mais sustentável.
O Perfil da Indústria Têxtil no Brasil
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o faturamento do setor em 2019 foi de R$ 185,7 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior.
Esse dado consta de um levantamento realizado pela IEMI, empresa especializada em pesquisas e estudos de mercado.
A mesma IEMI apontou que, em 2018, a produção média de confecção girou em torno de 9,04 bilhões de peças (itens de vestuário, meias e acessórios, produtos de cama, mesa e banho). No mesmo período, a produção média têxtil foi de 2,04 milhões de toneladas.
O Brasil possui mais de 25 mil companhias têxteis que geram cerca 1,5 milhão de empregos diretos e aproximadamente 8 milhões de postos indiretos.
O setor têxtil é o segundo maior empregador da indústria de transformação do país (11% dos empregos), ficando atrás somente do segmento de alimentos e bebidas, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA). E seu faturamento representa 6,6% de toda a receita da indústria de transformação.
No país, a maior força produtiva do segmento de tecidos e confecções está localizada na Região do Polo Têxtil (RPT), parque industrial espalhado pelas cidades paulistas de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia.
As crescentes crises hídricas têm afetado as indústrias têxteis dessa região, que têm sido obrigadas a buscar alternativas hídricas mais econômicas e sustentáveis em suas unidades produtivas.
Para manter a produção em dia e garantir a conservação da água bruta, as fábricas da RPT adotam estratégias e tecnologias para tornar a gestão da água mais racional, eficiente e sustentável no parque têxtil que é composto por cerca de 950 indústrias.
Em busca da gestão otimizada da água na indústria têxtil, várias dessas empresas vêm inclusive investindo na implantação de sistemas de captação e tratamento de água da chuva.
O Consumo da Água nas Fábricas Têxteis
Em todo o mundo, as companhias têxteis são responsáveis pelo consumo anual de 93 bilhões de metros cúbicos de água, segundo pesquisa da Fundação Ellen MacArthur – instituição britânica envolvida com projetos e ações que visam o fomento da economia circular.
Esse elevado consumo de água na indústria têxtil envolve desde o cultivo de fibras até processos fabris como alvejamento, tingimento, curtimento, desengomagem, tinturaria e outros. Para se ter uma ideia, são necessários mais de 5 mil litros de água para a fabricação de uma única calça jeans, de acordo com cálculo realizado pelo Portal Ecoera e a Vicunha Têxtil.
Mas além do extraordinário consumo de água doce, o setor têxtil global também é responsável por um elevado índice de poluição da água, resultante do tratamento inadequado dos efluentes industriais.
De acordo com a mesma Fundação Ellen MacArthur, o setor têxtil e de confecção responde por 20% da poluição industrial da água em todo o planeta.
Tratamento de Água FUSATI para Indústria Têxtil
A FUSATI é uma companhia paulista – instalada desde 1983 no município de Piracicaba – que desenvolve soluções que garantem eficiência hídrica, economia de água bruta, aproveitamento de águas residuais e a oferta de água devidamente tratada para os mais diversos processos industriais, incluindo o sedento setor têxtil.
As Estações de Tratamento de Água (ETA), Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI) fabricadas pela FUSATI são dispositivos pressurizados, compactos e modulares que otimizam a gestão da água em plantas têxteis.
São unidades de tratamento modernas, tecnológicas e sustentáveis que combinam virtudes como segurança, eficiência operacional, uso racional da água e abastecimento contínuo de água potável para as mais variadas necessidades fabris.
Além disso, são projetadas e comercializadas em total conformidade com exigências técnicas e leis ambientais vigentes no território nacional.
Em tempos de crise hídrica, as ETAs, ETEs e ETEIs da FUSATI ainda geram a imprescindível água de reúso – recurso oriundo de águas pluviais e/ou efluentes industriais tratados que podem ser empregados em tarefas que dispensam o uso de água potável.
No setor têxtil e na indústria como um todo, a água de reúso pode ser utilizada em diversas ações como rega de jardins, canteiros e áreas de paisagismo, descarga de vasos sanitários, lavagem de máquinas, frotas de veículos, pátios e no resfriamento de equipamentos industriais.
Na verdade, quando aproveitada pela indústria a água de reúso gera um pacote de benefícios financeiros e ecológicos, na medida em que estimula a economia de água bruta (ou de abastecimento público), que gera a redução de gastos com água de distribuição e diminui a pressão e o estresse hídrico sobre os mananciais.