O termo água virtual até pode parecer estranho à primeira vista. Mas é um termo importante, atualíssimo e relacionado à sustentabilidade hídrica.
Basicamente, trata-se de um conceito que calcula o volume de água necessário para a produção de um bem ou serviço.
Por exemplo: durante todo o processo de fabricação de um computador são consumidos 1.500 litros de água. Esse volume, portanto, é a água virtual necessária para a produção de um PC.
Então, a água virtual nada mais é do que um parâmetro embutido no custo de um produto ou serviço, uma espécie de custo invisível ao consumidor.
Porém é importantíssimo, pois permite mensurar a pegada hídrica de um determinado produto/serviço, os custos de produção e a elaboração de estratégias para reduzir o consumo de água nos processos produtivos e torná-los mais racionais e sustentáveis.
O que é água virtual
O conceito da água virtual foi criado pelo geógrafo e cientista britânico John Anthony Allan, em 1997.
Entende-se por água virtual toda a água que é utilizada, direta ou indiretamente, no processo de produção de diferentes produtos e serviços.
Isto é, a água que bebemos (para hidratação), que utilizamos para cozinhar, para os serviços domésticos e para a higiene pessoal não é considerada água virtual.
Allan concluiu que quanto mais importações de alimentos um país realiza, maior é o seu déficit hídrico. Quer dizer, uma nação importa mais alimentos porque não dispõe de água virtual para produzi-los.
Em sua pesquisa, o cientista apontou que entre as 210 economias do planeta, cerca de 160 são importadoras de água virtual. De acordo com Allan, apenas 10 países – entre eles os EUA, Canadá, França e Brasil – são abundantes em recursos hídricos o que os torna exportadores de água virtual.
Sob sua ótica, o Brasil, que é o maior player global do agronegócio, consequentemente é o maior exportador de água virtual do mundo, já que a agricultura e pecuária respondem, respectivamente, por 66% e 24% do consumo de água, segundo estatísticas internacionais.
O consumo de água da indústria equivale aos 10% restantes.
Água virtual: exemplos
Confira, na tabela abaixo, a relação de alguns produtos que consumimos diariamente e o seu respectivo nível de água virtual.
Produto | Água virtual (litros) |
Bife de carne bovina (300 g) | 4.500 |
Arroz (1 quilo) | 2.500 |
Leite (1 litro) | 712 |
Queijo (1 quilo) | 5000 |
Carne de frango (1 quilo) | 3.700 |
Calça jeans | 11.000 |
Camisa de algodão | 2.700 |
Folha de papel A4 | 10 |
Carro | 14.800 |
Par de tênis | 7.950 |
Atitudes para diminuir a água virtual
Além de urgente e necessária, a redução do consumo de água virtual é uma questão que está intimamente ligada ao aspecto comportamental.
É recomendável evitar o desperdício de todos os produtos, mas especialmente aqueles com altos níveis de água virtual.
Mas também é importante o consumo consciente. Ou seja, o consumidor precisa identificar os produtos/serviços que gastam mais água e, então, substituí-los por alternativas mais sustentáveis.
Combater o consumismo, utilizar produtos durante todo o seu ciclo de vida (até a exaustão) e fazer compras a granel também ajuda a frear o uso de água virtual, na medida em que são ações ‘eco friendly’ que contribuem com a redução da geração de resíduos sólidos e a poupança de recursos hídricos.
Pegada hídrica e água virtual
Água virtual e pegada hídrica são dois conceitos relacionados à sustentabilidade hídrica que eventualmente, e de maneira equivocada, são tratados como sinônimos. Mas, não são.
Enquanto que água virtual corresponde ao consumo de água doce intrínseco à produção de um bem/serviço, a pegada hídrica é uma medida hídrica mais abrangente, que também engloba outros recursos hídricos e ainda considera aspectos como a poluição gerada, fatores climáticos e outros.
A pegada hídrica também leva em conta o consumo e/ou geração de águas verdes (águas pluviais armazenadas no solo e na vegetação), azuis (encontrada em rios, lagos, outros mananciais superficiais e aquíferos) e cinzas (água residual doméstica gerada a partir lavagens, banhos, exceto de vasos sanitários).
De acordo com a Water Footprint, a definição de pegada hídrica é a seguinte:
“A pegada hídrica mede a quantidade de água usada para produzir cada um dos bens e serviços que usamos. Pode ser medido para um único processo, como o cultivo de arroz, para um produto, como um par de jeans, para o combustível que colocamos em nosso carro ou para toda uma empresa multinacional. A pegada hídrica também pode nos dizer quanta água está sendo consumida por um determinado país – ou globalmente – em uma bacia hidrográfica específica ou de um aquífero.”
Qual é a importância da água virtual
O cálculo da água virtual inerente à fabricação de um determinado produto, ou à prestação de um serviço, é importante tanto ambientalmente quanto financeiramente.
O parâmetro da água virtual permite que os consumidores deste recurso, ou seja as companhias e os serviços públicos, conheçam a dimensão do impacto ambiental de suas ações (pegada hídrica) e os custos envolvidos em suas atividades.
Também é um dado essencial para que as empresas estudem a adoção de alternativas/tecnologias mais sustentáveis e racionais em relação ao uso da água.
Quais são os impactos da água virtual?
Na medida em que a água virtual corresponde a toda a água doce que, direta ou indiretamente, é empregada no setor produtivo, ela também representa a soma dos recursos hídricos extraídos do meio ambiente.
Quer dizer, a água virtual expressa a pressão que os segmentos da agricultura, indústria, comércio e prestação de serviços exercem sobre a natureza, particularmente sobre os mananciais superficiais e subterrâneos.
Em suma: a sustentabilidade hídrica depende, no mínimo, do equilíbrio entre o total de água virtual e o volume de água regenerada pela natureza após a sua utilização nas atividades econômicas.
FUSATI: ETAs otimizadas e sustentáveis
A Estação de Tratamento de Água (ETA) é um dispositivo essencial para as companhias que dependem de água de qualidade em seus processos produtivos, com destaque para as fábricas de alimentos, bebidas e produtos químico-farmacêuticos.
A FUSATI é uma empresa brasileira especializada no desenvolvimento e fabricação de sistemas de filtragem e tratamento de água industrial/comercial.
Há mais de quatro décadas investe esforços, conhecimento e tecnologia na construção de sistemas de tratamento de água funcionais e sustentáveis.
As ETAs FUSATI são estruturas pressurizadas, compactas e modulares, totalmente adaptáveis aos diferentes espaços industriais e suas fontes hídricas (água de rio, lago, poço artesiano etc).
Além da eficiência operacional e maior rentabilidade, as ETAs FUSATI são sistemas que garantem a potabilidade da água (conforme diretrizes da Portaria Nº 888 do Ministério da saúde) e que contribuem com a redução da pressão hídrica, visto que executam o tratamento de 100% da água bruta coletada, sem desperdícios/perdas.
Ensaio de floculação
Este procedimento analítico, também conhecido como jar test, aumenta o desempenho e a produtividade das Estações de Tratamento de Água (ETA) da FUSATI.
Para seus clientes industriais, a FUSATI oferece este serviço que envolve a realização de análises laboratoriais de amostra da água que é empregada na planta fabril, tomando como base fatores como pH, turbidez, cor da água e a gestão de produtos desinfectantes.
O jar test aponta as quantias exatas de produtos químicos/insumos (coagulantes, desinfectantes) a serem utilizados no tratamento da água, proporcionando economia e a mitigação de danos ambientais provocados, por exemplo, pela produção excessiva de lodo das ETAs.
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