O risco de uma nova crise hídrica está de volta ao Brasil. E com ele ressurgem as preocupações e transtornos envolvendo o setor produtivo que, mais uma vez, será afetado com os iminentes problemas de desabastecimento de água e os já anunciados ajustes tarifários na conta da energia elétrica.
Nesse cenário, o reúso da água industrial ressurge como uma importante ferramenta para a indústria manter a produção em dia, sem percalços e interrupções, e ainda gerar redução de custos operacionais e economia de recursos naturais (água bruta).
Mas apesar de todas essas conhecidas vantagens, a indústria em geral ainda não desfruta o grande potencial deste valioso e rentável recurso que é a água de reúso.
No Brasil, o percentual de aproveitamento da água de reúso ainda é baixíssimo: cerca de 2 m³/s, diante de um total de 2.083 m³/s de água bruta – retirado de rios, lagos, represas e fontes subterrâneas – que é utilizado para abastecer cidades, populações, indústrias e o setor agropecuário.
Esses dados constam do estudo Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2018, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Crise Hídrica Preocupa o Setor Industrial
O temor de uma nova crise no sistema de abastecimento de água do país reacendeu, no meio empresarial, a necessidade de investimentos para estimular a produção de água de reúso e outras soluções para amenizar possíveis impactos negativos.
Reportagem publicada recentemente pelo portal G1 Campinas e Região, trouxe a preocupação das indústrias locais em relação ao desabastecimento hídrico e possíveis blackouts, que podem interromper a produção e provocar sérios prejuízos fabris.
Segundo a matéria, um levantamento do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) realizado junto a 40 companhias da região de Campinas detectou que 88% delas demonstram receio em relação à crise hídrica, enquanto que 57% já foram afetadas pelo aumento do preço de energia elétrica e da água.
Sob risco de paralisação da produção e prejuízos financeiros, o empresariado ouvido pela pesquisa do Ciesp reconheceu a necessidade de aumentar a eficiência do uso de energia e da água em seus processos. E para tal, sinalizam ou adotaram tecnologias como energia solar e água de reúso.
Reúso: Alternativa Rentável para o Setor Produtivo
Uma parte das indústrias brasileiras já possui programas e rotinas que são realizadas com a água de reúso gerada a partir da água da chuva ou do tratamento de seus efluentes industriais.
Tais iniciativas reduzem os custos das contas de água, ajudam a poupar os recursos hídricos naturais e estimulam uma economia mais sustentável.
A água de reúso, vale frisar, não é potável. Porém, ela pode ser bastante útil para finalidades industriais como lavagem de pisos, galpões, áreas externas, frotas veiculares e máquinas, irrigação de gramados e áreas de paisagismo, resfriamento de caldeiras, descarga de sanitários e outras ações.
No país, os padrões, parâmetros e classificações da água de reúso são definidos pela NBR 13.969/97 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo título é “Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação”.
O quadro 4 da NBR 13.969/97 classifica os quatro tipos de água de reúso de acordo com seus níveis de turbidez, coliformes fecais, pH, cloro residual e outros parâmetros.
Essas quatro categorias de água de reúso são as seguintes:
Classe 1 – recomendada para lavagem de carros e outros usos que requerem o contato direto do usuário com a água, com possível aspiração de aerossóis pelo operador, e chafarizes
Classe 2 – indicada para lavagens de pisos, calçadas e irrigação dos jardins, manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos, exceto chafarizes
Classe 3 – utilização nas descargas dos vasos sanitários (as águas de enxágue das máquinas de lavar roupas satisfazem a este padrão)
Classe 4 – emprego nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual; mas as aplicações devem ser interrompidas pelo menos 10 dias antes da colheita da safra
Fonte: NBR 13.969 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
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