As frequentes enchentes e alagamentos que ocorrem em várias cidades brasileiras durante o verão, invariavelmente causam diversos transtornos e prejuízos à população e às prefeituras. 

Nessa época, o grande volume de água pluvial – somado à água que transborda de rios, córregos e outros mananciais e ao extravasamento da rede de esgoto -, invade residências, comércios, vias e espaços públicos de vários municípios.

O estrago é geral. E o saldo negativo normalmente envolve perdas materiais, população desabrigada, desabastecimento de água, energia elétrica e alimentos, comprometimento do transporte público e enormes rombos nos cofres públicos, gerados pelos serviços emergenciais e de reparação da infraestrutura social.

Cidades ultrapavimentadas que apresentam déficit de áreas verdes, baixa arborização urbana e reduzida área de solos permeáveis (gramados, canteiros, jardins e áreas de preservação permanente/APPs), são as primeiras vítimas em tempos de tempestades e trombas d’água.

Para evitar inundações, alguns municípios até investem em ações como o desassoreamento dos rios, a construção de piscinões e a limpeza de suas galerias pluviais – que muitas vezes se encontram obstruídas pelo descarte irregular de todo tipo de resíduos pela população. 

Mas as inundações nesta época do ano estão, infelizmente, cada vez mais frequentes e imprevisíveis.

Sabe-se, contudo, que a ação humana tem sido a grande responsável pela degradação crescente do meio ambiente, contribuindo assim para a aceleração das mudanças climáticas e, consequentemente, a ocorrência de eventos/fenômenos extremos ao redor do globo.  

Piscinões e Outras Soluções

Em São Paulo, na região do ABC e em outras cidades brasileiras, uma das soluções adotadas pelas administrações públicas para tentar amenizar o problema das enchentes urbanas foi a construção dos chamados piscinões. 

Mas somente a existência dos piscinões, que são grandes áreas de armazenamento de água pluvial, é insuficiente para solucionar o problema das inundações nas nossas cidades, afirmam especialistas em urbanização urbana e outros pesquisadores. 

Uma matéria recente, divulgada pelo Jornal da USP (Universidade de São Paulo), alerta que a construção isolada de piscinões não vai resolver o problema das inundações nas cidades brasileiras constantemente afetadas no verão.

No caso de São Paulo, observa Paulo Renato Mesquita Pellegrino, que é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a questão das enchentes é muito mais complexa do que a simples construção dos populares piscinões.

Segundo o acadêmico, além da localização geográfica da capital paulista – situada numa região naturalmente propícia a enchentes, pois está cercada por rios como o Tietê, Pinheiros e o Tamanduateí -, ao longo dos tempos a cidade diminuiu drasticamente sua capacidade de drenagem pelo solo.

Isso ocorreu devido ao avanço da urbanização, da malha asfáltica e da concretagem de áreas verdes, várzeas e outros espaços naturais que, anteriormente, garantiam a drenagem da água pluvial. 

Por isso, também é inevitável o investimento em infraestrutura urbana mais verde, o incentivo a programas de educação ambiental (como o plantio de mudas e o descarte correto de resíduos domiciliares), o fomento de políticas públicas socioambientais (como o IPTU Verde) e a adoção de sistemas e tecnologias sustentáveis que, neste caso, possam, reaproveitar a água proveniente das chuvas.

Água de Reúso Proveniente de Chuvas

De maneira geral, o Brasil aproveita muito pouco o enorme potencial das águas residuais. E isso vale para os mais diversos tipos de água imprópria para o consumo humano: esgotos domésticos, efluentes industriais e águas pluviais. 

Apesar de vivermos tempos de escassez hídrica, ou seja, que requerem o uso racional da água tratada e a busca contínua de soluções que permitam o reaproveitamento de águas residuais, o Brasil ainda detém um índice ínfimo de geração de água de reúso.

De acordo com o relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2018, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o país produz apenas 2 m³/s de água de reúso.

Este total equivale a 0,096% de todo o volume de água bruta coletada de mananciais superficiais e subterrâneos, que corresponde a 2.083 m³/s. Ou seja, é absolutamente minúsculo diante do gigantesco volume de água bruta retirada da natureza.

No caso da água de chuva, algumas cidades até já se movimentaram no sentido de elaborar legislações que obrigam alguns segmentos sociais a coletar e tratar a água pluvial.

Um desses exemplos é a Lei nº 17.394, que dispõe sobre a Captação de Água da Chuva na cidade de São Paulo.

A nova legislação paulista – de 15 de setembro de 2021 – obriga que prédios dos órgãos públicos do Estado de São Paulo possuam sistemas de coleta e reaproveitamento de água de chuva.

Nesse sentido, outro dispositivo legal vigente no território paulista é a Lei Nº 12.526, popularmente conhecida como a “Lei das Piscininhas”.

Em seu Artigo 1º, a Lei Nº 12.526 estabelece o seguinte: 

É obrigatória a implantação de sistema para a captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500m2 (quinhentos metros quadrados)”.

Água da Chuva Tratada: Solução Hídrica Barata e Sustentável

O reaproveitamento da água da chuva é uma alternativa economicamente viável e totalmente ecológica.

Quando coletada, armazenada e devidamente tratada, a água pluvial se transforma num importante recurso hídrico para indústrias, empresas, instituições diversas, hotéis, hospitais, shoppings e condomínios residenciais ou comerciais.

A FUSATI – empresa envolvida com o desenvolvimento de tecnologias de tratamento de água, esgoto e efluentes industriais desde 1983 – possui uma ampla linha de equipamentos que, além de suas principais funcionalidades, também geram a hoje indispensável água de reúso.

Há quatro décadas, a empresa instalada no município de Piracicaba (SP) é reconhecida pela qualidade superior e eficiência de suas Estações de Tratamento de Água (ETAs), Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs).

As unidades FUSATI equipam empresas de inúmeros segmentos produtivos. Desde plantas fabris de produtos alimentícios, bebidas, medicamentos e cosméticos, até  indústrias têxteis, automobilísticas, químicas e negócios do setor de serviços – hospitais, centros de saúde, hotéis, escolas, redes de restaurantes e fast food, entre outros.  

Todos esses empreendimentos comerciais usufruem das vantagens da água de reúso gerada pelas ETAs, ETEs e ETEIs da FUSATI, incluindo aquela proveniente da água de chuva tratada.

De acordo com a norma ABNT NBR Nº 13969, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, a água de reúso pode ser utilizada em ações como:

●    lavagem de carros e outros usos que requerem o contato direto do usuário com a água, com possível aspiração de aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes (água de reúso Classe 1)

●    lavagem de pisos, calçadas e irrigação de jardins, manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos, exceto chafarizes (água de reúso Classe 2)

●    descargas dos vasos sanitários  (água de reúso Classe 3)

●    pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual  (água de reúso Classe 4).

Consulte a equipe de vendas da FUSATI e descubra mais detalhes sobre a tecnologia, as vantagens operacionais, a rentabilidade e os recursos de nossas famosas, ETEs, ETEIs, ETAs pressurizadas, compactas e modulares.

Estação de tratamento de água compacta FUSATI

E lembre-se que a FUSATI projeta, desenvolve e instala unidades de tratamento de água, esgoto e efluentes industriais que há décadas garantem qualidade, eficiência e segurança hídrica a um grande número de companhias brasileiras. 

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Sumário
Água da Chuva: Vilã ou Solução Ambiental?
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Água da Chuva: Vilã ou Solução Ambiental?
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A FUSATI desenvolve de tecnologias de tratamento de água e efluentes industriais desde 1983 - possui uma ampla linha de equipamentos que, além de suas principais funcionalidades, também geram a hoje indispensável água de reúso.
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